Hoje quero contar a história de um jovem que
conheci. Esse jovem nasceu em um lar cristão e desde pequeno foi instruído
segundo os ensinamentos Bíblicos, tendo pai, mãe e irmãos sempre envolvidos na
obra de Deus. Esse jovem foi crescendo sem pular as etapas de sua vida. Quando
criança ia à escola, brincava nas ruas, jogava bola, se sujava, fazia arte e
tudo mais que uma criança faz em sua infância. Desde pequenininho era levado
por seus pais à Escola Dominical e aos cultos da igreja.
Na pré adolescência começou a ter suas primeiras
grandes descobertas, não as de que o mundo é redondo ou que a água não tem
gosto, mas sim aquelas que o levou a perceber que ao homem foi dado uma coisa
que muitos chamam de livre
arbítrio, mas que na
verdade é livre
escolha.
Assim, acho que sua primeira escolha na vida foi a de se batizar aos 13 anos.
Depois, vieram muitas outras escolhas, e assim, ele começou a entender que cada
escolha vem acompanhada de uma consequência.
Mas foi na adolescência que ele descobriu que a livre
escolha não se aplicava a algo: ao sentimento... É que aos 15 anos,
esse jovem teve a sua primeira grande paixão e ele não queria ter-se
apaixonado. Então ele percebeu que a paixão vem sempre acompanhada de outro
sentimento: a dor. Apesar disso, a adolescência foi a fase em sua vida que este
jovem mais gostou. Foi nessa fase que ele conheceu muitas pessoas, conquistou
suas primeiras amizades e começou a desenvolver seus dons ministeriais na obra
de Deus.
Foi também na adolescência que ele recebeu a
promessa de que seria
muito usado na Palavra e que multidões parariam para ouvi-lo. Desde então, ele começou a sentir
um amor muito grande pela Palavra de Deus, começou a estudá-la
fazendo até um curso de teologia durante um tempo. Nessa época, ele começou a
falar mais do amor de Jesus para seus colegas de escola e não tinha vergonha de
ser visto como “crente”. Por incrível que pareça, a rebeldia na vida desse
jovem não se manifestara em sua adolescência, mas estava guardada para o início
de sua juventude.
Foi no início da juventude que este jovem teve suas
piores experiências. Tudo começou quando ele ficou longe de sua família, por
causa dos estudos. Este jovem foi atrás de um sonho e em pouco tempo se viu no
meio de um pesadelo. Teve sim suas experiências boas, como conhecer lugares
diferentes, adquirir novos conhecimentos e conhecer pessoas
maravilhosas na faculdade e até na família vivendo momentos
inesquecíveis ao lado delas.
Mas, foram as Experiências ruins que deixaram
marcas na vida desse jovem; marcas que talvez ele carregue por toda sua vida… Não são marcas físicas, são marcas em
seu caráter e em sua história, entre elas, a culpa, a vergonha, a dor, o medo,
o desprezo. E o que levou esse jovem a ter essas
experiências? Com
certeza não foi a vontade de Deus nem o seu destino, mas sim as suas escolhas. Aliás, ao homem, talvez tenha sido
dado apenas dois destinos: a vida eterna ou a morte e antes
disso a livre escolha entre o bem e o mal. Esse jovem fez suas
escolhas!
Quando lhes ofereceram más companhias, ele escolheu
tê-las; quando lhes ofereceram bons conselhos, ele escolheu recusá-los; quando
lhes ofereceram drogas, ele escolheu usá-las; quando lhes ofereceram
prostituição, ele escolheu corromper-se; quando lhes ofereceram ajuda, ele
escolheu recusá-la. Na verdade, isso tudo foi consequência da sua primeira e
pior escolha, quando a ele foi oferecido independência e ele disse sim.
Hoje, esse jovem aprendeu que a origem do pecado é a autossuficiência humana em
relação a Deus. Quando esse jovem escolheu seguir as suas vontades, ele
escolheu seguir apenas pelos caminhos ruins.

Longe da presença de Deus, ele não buscava mais a
vontade de Deus para sua vida. Em um total egocentrismo, esse jovem buscava a
realização de suas vontades, buscava na verdade o preenchimento de um vazio que
ele mesmo criou em seu espírito quando longe de Deus escolheu ficar. Em vão ele
tentou preencher esse vazio com as coisas do mundo - drogas, sexo, falsas
amizades; nada preencheu seu vazio, pelo contrário, isso tudo o afastava cada
vez mais da presença de Deus.
Toda via, por mais que esse jovem estivesse longe
de Deus, Deus em nenhum momento se ausentou da vida desse jovem; em todos os momentos o amor, as
misericórdias e a graça de Deus estiveram presentes na vida dele. Quando esse jovem caiu em si, ele
reconheceu seu pecado, seus erros, sua miséria, aceitou os cuidados de Deus em
sua vida e voltou para a presença dEle. Percebeu que Deus esteve sempre com
ele, até nos momentos ruins.
Hoje, este jovem abandou as práticas mundanas, mas
não voltou a ser um garotinho de igreja; na verdade, simplesmente ele tem
buscado a cada dia torna-se um verdadeiro cristão. Esse jovem não abandou
apenas o mundo, ele abandonou também a religiosidade, as “crentisses”, a
alienação, as verdades absolutas; e tem buscado cumprir o simples evangelho de
Cristo, que se resume apenas em 3 mandamentos: amor a Deus, amor
ao próximo e o ide.
Eu vivi 20 anos ao lado desse jovem, mas comecei a
conhecê-lo apenas nesses últimos anos… É que vida me mostrou que somos o que fazemos e
não o que falamos ser. Esse jovem, nascido e criado em um lar
cristão, é um exemplo de que na vida de um homem há muitos caminhos e se a
escolha de quais caminhos seguir for tomada segundo as suas próprias vontades,
com certeza esses caminhos o levarão a perdição e morte eterna; como diz as Escrituras: "Há caminho que ao homem parece direto, mas o fim dele são os caminhos da morte." - Provérbios 14.12. Mas, ainda sim,
do começo ao fim desses caminhos que levam à perdição e morte eterna existem atalhos que
levam ao único Caminho, Verdade e Vida: Jesus Cristo.
Em minha vida encontrei esses atalhos: AMOR, MISERICÓRDIA e GRAÇA!
André
Buscaratti Silva
Postagem
nº 16 - São José do Rio Preto, 13 de fevereiro de 2011-DOM