DESCRIÇÃO

"Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê." - Romanos 1.16

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domingo, 30 de setembro de 2012

Hitler tem um lugar no céu

Hitler tem um lugar no céu

“Hitler tem um lugar no céu”... Todas as vezes que faço essa afirmação, tal causa espanto nas pessoas em minha volta. Muito desse espanto é provocado pela incapacidade que as pessoas hoje em dia têm de refletir. Os tempos modernos produziram pessoas acostumadas a receberem informação enlatada, ou seja, as pessoas não param para fazer uma reflexão profunda buscando o real significado de uma afirmação, de uma imagem, de uma ‘mensagem’ qualquer.
Na verdade, essa afirmação foi feita por um pastor batista que admiro muito: Pr. Ed René Kivitz. Quando ouvi essa afirmação, logo percebi a mensagem que ele queria transmitir, entendi que ele falava da GRAÇA DE DEUS. E a graça de Deus é assim mesmo, ela causa espanto... Alguém já disse que “quando o evangelho da graça de Deus é anunciado e ele não causa esse espanto, é porque ele não foi anunciado”.
Essa afirmação causa espanto porque ela reflete a GRAÇA DE DEUS. Quando digo que Hitler tem um lugar no céu, tal afirmação transmite uma verdade a respeito da graça de Deus, que na maioria das vezes as pessoas não conseguem perceber. Afirmar que Hitler tem um lugar no céu, é DIFERENTE de afirmar que Hitler está no céu, e essa segunda afirmação é a compreensão que a maioria tem ao ouvirem a primeira.
Não me arrisco dizer que Hitler está ou não no céu (paraíso), o que posso afirmar assegurado pela Palavra de Deus é que Hitler tem SIM um lugar no céu. Esse lugar no céu foi dado a todos os homens através da graça de Deus: Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens.(Tito 2:11). Deus concede a Sua graça a TODOS os homens, independentemente de quem sejam.
Acontece que muito de nós confiamos em nossa própria justiça, em nossos méritos e por isso nos achamos mais dignos do céu do que Hitler. Mas a graça de Deus fere o nosso senso de justiça e por isso nos causa esse espanto. Todos nós pecamos e carecemos dessa graça (Rm 2.23); diante de Deus somos todos iguais e o Seu amor e graça é capaz de alcançar o mais terrível pecador.
Por mais dura que seja, a verdade é que nada do que fizermos nos tornará dignos de herdarmos  céu, mas é o favor imerecido que recebemos de Deus, a saber a GRAÇA, é que nos faz dignos do céu. Não são os nossos atos, mas sim o ato de um único homem: Jesus - Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.(Rm 5:18).
Vemos que o que nos justifica diante de Deus, é a graça, ou seja, o que nos faz dignos do céu é a graça de Deus. Se a graça de Deus me garante um lugar no céu, por que Hitler não teria? Sou menos pecador do que Hitler? Somente nós homens fazemos classificação de pecados, mas para Deus somos todos iguais: PECADORES. É por isso que Deus oferece a sua graça a TODOS os homens.
Que possamos a cada dia confiar menos em nossa justiça para que possamos receber mais dessa graça (Lc 18.10-14).  Que possamos crer cada dia mais nesse amor, pois Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.(Rm 8.5)... O amor de Deus é INCONDICIONAL, isso significa que não podemos fazer nada para fazer com que Deus nos ame mais ou menos. O amor de Deus é por todos os homens, por isso Deus quer nos dar da Sua graça.

Que Deus nos ajude e nos abençoe.

André Buscaratti Silva


Postagem nº 72 – Guarulhos, 30 de setembro de 2012-DOM

sábado, 29 de setembro de 2012

QUEM É O MEU PRÓXIMO?

QUEM É O MEU PRÓXIMO? (Lucas 10.25-37 "Parábola do bom samaritano")

Já ouvi muitas discussões que giravam em torna da pergunta “quem é o meu próximo?”; por consequência, já ouvi também muitas definições a respeito de quem seja o nosso próximo. A preocupação de definir “quem é o meu próximo” surge em nossos dias a partir do mandamento dado por Cristo de amarmos o nosso próximo como a nós mesmos(Mt 22.39). Logo, todos nós queremos saber “quem é o nosso próximo” para sabermos “quem devemos amar”.
É interessante notar que essa dúvida não é algo presente apenas nos dias de hoje. Conforme vemos em Lucas 10.29 essa dúvida permeavam a mente das pessoas desde os tempos de Cristo. Na verdade, se pararmos para pensar que tal mandamento existe desde a Lei Mosaica (Lv 19.18), então essa dúvida talvez existisse desde os tempos de Moisés.
Mas enfim, quem é o meu próximo? Esse texto de Lucas nos ajuda a chegarmos a algumas conclusões a respeito de “quem é o nosso próximo”. Embora saibamos que o objetivo principal desse doutor da lei fosse o de provar Cristo, a dúvida que ele tinha é a dúvida que muitos têm hoje, e da mesma forma, a resposta que Cristo dá se encaixa perfeitamente a nossa realidade atual.
Já tive contado com a crença de que todas as pessoas indistintamente são o nosso próximo; cresci recebendo esse ensinamento. Hoje percebo que não é bem assim. Com base nas Sagradas Escrituras, farei 3 afirmações que irão por fim estabelecer algumas verdades a respeito do nosso próximo.
A 1ª afirmação que quero fazer é que nem todo mundo é o nosso próximo. Percebemos isso claramente nesta parábola do bom samaritano. Após contar a parábola, Jesus responde a pergunta do doutor da lei com outra pergunta: Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? (Lc 10.36)... Aqui Cristo deixa claro que nem todo mundo é o nosso próximo. Vemos que o sacerdote e o levita apenas passaram PERTO do homem caído, mas NÃO se fizeram próximos.
Uma possível definição de quem é o nosso próximo está na própria palavra “próximo”. Essa palavra já revela uma verdade sob a qual quero estabelecer a minha 2ª afirmação: o nosso próximo é aquele que estando perto, nos fazemos próximos, a começar por nossa família (1 Tm 5.10). É como se fosse um dégradé, ou seja, nossa família, nossos irmãos (1 Jo 4.21), nossos colegas de trabalho/escola, nossos vizinhos, as pessoas caídas em nosso caminho, resumindo: todos aqueles que estando pertos, nos fazemos próximos.
Mas é interessante notar que o doutor da lei desejava saber quem era o seu próximo e Jesus revela quem foi o próximo daquele caído na beira do caminho. Com isso Cristo estabelece uma relação de proximidade mútua, ou seja, não existe um bem feitor (o que está em pé) e um próximo (o caído), existe sim uma relação em que ambos são próximos: o bom samaritano é o próximo do homem caído e o homem caído é o próximo do bom samaritano... Assim chego a minha 3ª e ultima afirmação: devemos nos fazer próximos daqueles que estão pertos... Esse é o convite de Cristo.
Embora nem todo mundo seja o nosso próximo, Cristo nos ensina a sermos o próximo de todos aqueles que estão pertos. Muitas vezes nos preocupamos em sermos o próximo de todo o mundo, mas acabamos não sendo o próximo de ninguém. Vivemos a hipocrisia (1 Jo 4.20) de dizer que amamos todo mundo, mas na verdade não conseguimos amar nem mesmo aqueles que estão pertos.
Cristo nos ensina que não basta estar perto, precisamos nos fazer próximos; mais do que isto, Cristo nos convida a fazer de todos aqueles que estão pertos, o nosso próximo, portanto:

“Vai, e faze da mesma maneira.” (Lc 10.37).

Que Deus nos ajude e nos abençoe.

André Buscaratti Silva

Postagem nº 71 – Guarulhos, 29 de setembro de 2012-SAB

sábado, 15 de setembro de 2012

UM MUNDO HEDONISTA

UM MUNDO HEDONISTA

TEXTO ÁUREO
Romanos 12.2:
“E não vos conformeis com esse mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”

VERDADE PRÁTICA
Não é errado buscarmos prazer, todavia, essa busca não pode ferir os princípios cristãos; o prazer não deve ser o principal fator motivacional de nossas ações, mas sim a vontade de Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CASSE
Romanos 1.18-32
18 Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça; 19 porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. 20 Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; 21 porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. 22 Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. 23 E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. 24 Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si; 25 pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!
26 Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. 27 E, semelhante os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.
28 E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém; 29 estando cheios de toda iniquidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; 30 sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pai e mãe; 31 néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; 32 os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem.

INTRODUÇÃO
Ao lermos esse texto de Romanos, percebemos claramente que ele se encaixa perfeitamente à realidade do mundo hoje.
O mundo jaz no maligno (1 João 5.18), o pecado reina nas ações humanas e cada vez fica mais claro que vivemos em um mundo hedonista.
Diante dessa realidade, é possível nos manter no centro da vontade de Deus?

I. O HEDONISMO
•     Definição: Derivado da palavra grega hedonê, que significa “prazer”, “vontade”.
O Hedonismo é uma teoria ou doutrina filosófico-moral que coloca o prazer como bem supremo da vida humana. A escola filosófica do hedonismo baseia-se em duas concepções de prazer: a primeira toma-o como critério das ações humanas; a segunda considera-o como único valor supremo.
O Hedonismo incentiva as pessoas a basearem suas ações na busca do prazer, ou seja, antes de tomar uma decisão, a pergunta que sempre se deve fazer não é se isso é correto, mas sim se isso dá prazer (v.25).
•     O hedonismo na sociedade atual: O mundo de hoje parece ter abraçado completamente essa ideia. As pessoas hoje não se preocupam mais em agir segundos os princípios morais (vs. 26-27), nem tão pouco se importam em conhecer a vontade de Deus (v. 28).
Todas as maldades descritas a partir do versículo 29 até o 31 são facilmente identificadas com as ações de nossa sociedade hoje. Sem dúvidas, a sexualidade é uma das áreas em que o maligno mais tem agido na atualidade.
Ainda hoje as pessoas tendo conhecimento da justiça de Deus, permanecem escravas do pecado e consentem com os que também praticam tais maldades (v. 32).

II. O HEDONISMO DENTRO DAS IGREJAS
Se não bastasse vivermos em um mundo hedonista, ainda temos muitas vezes que conviver com o hedonismo dentro de nossas igrejas.
Não é raro encontrarmos irmãos (ãs) que se mostram insatisfeitos com o culto que é prestado a Deus, como se o culto fosse direcionado a eles.
“O louvor hoje não foi bom”, “não gostei das musicas que foram cantadas/tocadas”, “a mensagem não era para mim”, “será que a igreja vai gostar desse louvor”, etc. são afirmações que ouvimos constantemente em nossas igrejas, talvez nós mesmos já tenhamos dito algo o tipo.
Ainda há casos em que são oferecidos cargos para segurar membros na igreja, motivando as pessoas a estarem ali não para servirem a Deus, mas sim para ocupar um cargo e ter um status.
•     O objetivo do culto: O que vamos fazer na igreja? Assistir ao culto ou prestar culto ao Senhor? “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” (Romanos 12.1).
A adoração a Deus deve vir sempre em primeiro lugar, e o nosso prazer deve estar justamente na oportunidade que temos de adorar ao Senhor.
Lógico que podemos e devemos sentir prazer em estar na Casa do Senhor (Salmos 122.1), mas quando colocamos o prazer como objetivo principal, Deus deixa de ocupar o centro da adoração.

III. A VONTADE DE DEUS
Deus não nos proíbe de sentir prazer, caso contrário Ele não nos teria feito com essa capacidade. Todavia, não podemos colocar o prazer como o bem mais supremo de nossas vidas (Mateus 22.37).
Além disso, o prazer não pode vir mediante ao descumprimento dos ensinamentos das Sagradas Escrituras. Não podemos abandonar os princípios cristãos, na busca de se obter prazer (2 Timóteo 3.4).
Podemos e devemos ter prazer em meditar na Palavra de Deus (Salmo 1.2) e até mesmo no sofrimento em pregar e viver o evangelho (2 Coríntios 12.10). Mas para nós cristãos a maior e principal fonte de prazer deve ser o nosso relacionamento com Deus (Isaias 58.2), sem duvida a vontade de Deus é que tenhamos um relacionamento com Ele, é que vivamos e vivamos bem (João 10.10).

CONCLUSÃO
O conceito que muitas pessoas têm a respeito de Deus, é que Deus é um estraga prazeres, que Deus nos proíbe fazer tudo aquilo que é bom, tudo aquilo que dá prazer.
Sem duvidas essa é a maior mentira que inventaram a respeito de Deus. A única coisa que Deus nos proíbe de fazer chama-se PECADO. Tudo aquilo que é ruim, tudo aquilo que nos afasta de Deus e tudo aquilo que nos faz mal, Deus chamou de pecado.
Portanto, Deus proíbe o pecado porque o pecado faz MAL. Sabendo disso, devemos colocar todos os nossos anseios e estabelecer os nossos atos dentro da vontade de Deus (1 Coríntios 10.31; Mateus 6.33) crendo sempre que Deus tem o melhor para nós.

André Buscaratti Silva

Postagem nº 70 – São José do Rio Preto, 15 de setembro de 2012-SAB
(Obs: Estudo ministrado na Escola Bíblica Dominical da Igreja Metodista Wesleyana deSão José do Rio Preto-SP. Domingo, 9 de setembro de 2012 / Classe Vencedores em Cristo - Adolescentes.)

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Drogas VS Igreja

Drogas VS Igreja

Já é do conhecimento de todos que o problema com drogas não é mais apenas um fato isolado de um indivíduo, ou uma tragédia ocorrida em uma família, é na verdade um problema social que atinge todas as camadas da sociedade independentemente do credo, cultura, classe social, idade ou sexo. As drogas não escolhem suas vitimas.
Uma Pesquisa da fundação Getúlio Vargas (FGV) apontou que 62 % dos usuários de drogas pertencem à classe A, 50,7 % dos consumidores declarados de drogas no Brasil têm idade entre 20 e 29 anos e 30 % dos consumidores de drogas frequentam a universidade (Fonte: O Globo Online, em 24 out. 2007).
Para se ter uma ideia, o Brasil em 2008 já era o segundo maior consumidor de cocaína do mundo, com 870 mil usuários, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (Fonte: Jailton de Carvalho - O Globo Online. Publicada em 6 jun. 2008.). Outro dado aponta que 22,8% da população no Brasil consome drogas e que o número de viciados em crack, cocaína e maconha na capital paulista chega a 1,6 milhão (Disponível em: < http://vencendoasdrogas.com/NUMEROS.htm > Acesso em: 09 nov. 2010).
O problema é tão sério, que até o poder publico tem dado atenção a este assunto. Nunca antes se ouviu falar tanto sobre drogas pelas autoridades publicas como hoje; nunca se viu a criação de tantas políticas a cerca desse assunto, e nunca antes se viu tanto investimentos dos governos nessa área.
Se antes um dependente químico era tratado como marginal, hoje aos olhos das autoridades ele é visto como um doente. Se antigamente esse dependente químico encontrava ajuda apenas nos grupos anônimos (na maioria das vezes nem na família encontrava) e tratamento apenas em clinicas particulares, hoje o governo oferece ajuda e tratamento em órgãos públicos, como por exemplo, o CAPS[1] e clinicas (Uniad[2], Cratod[3]).
Não iremos aqui discutir se esses investimentos são ou não suficientes, não vamos aqui discutir se essas políticas são ou não eficazes... O que queremos é na verdade mostrar o quanto essa realidade tem tomado importância no nosso dia a dia. E a discussão que será proposta nesse artigo não diz respeito às ações do governo, mas assim ao posicionamento da igreja diante dessa realidade.
Ao pensarmos sobre o posicionamento da igreja uma pergunta inevitável surge em nossa mente: O que temos feito? A resposta é MUITO POUCO, principalmente quando passamos a ter conhecimento da gravidade desse problema, principalmente quando passamos a perceber o quanto ele é grande podendo estar bem ao nosso lado.
Temos orientado nossas crianças e adolescentes a respeito desse assunto? Temos conversado abertamente com nossos jovens sobre drogas? Estamos promovendo encontros, estudos, debates, palestras com essa temática? E a igreja, está preparada para receber uma pessoa com esse problema e oferecer-lhe ajuda? Como nossa comunidade reagiria ao ver um “drogado” entrar em um culto? O acolheria ou o colocaria para fora?
Muitas vezes temos membros em nossas igrejas que estão passando por esse problema, mas nem sabemos. Muitas vezes temos irmãos (ãs) em nossas igrejas que já passaram por esse problema, porém não damos valor às experiências e aos ensinamentos que eles (as) podem nos transmitir.
E o que dizer daqueles que não estão em nossas igrejas, mas estão perdidos nas ruas, embaixo de marquises e pontilhões? Trataremos estes com antipatia chamando-os de vagabundos, perdidos? Trataremos estes com apatia olhando-os com o olhar da indiferença? O olhar que não nos permite enxergá-los? Ou trataremos estes com empatia, amando-os com o amor de Cristo, chamando-os para uma nova vida, e enxergando-os como semelhantes?
Podemos e devemos mudar essa situação. Essa mudança deve ocorrer de dentro para fora. Essa transformação deve ocorrer dentro de cada um de nós. Não adianta querermos abraçar o mundo se não conseguimos abraçar aqueles que estão ao nosso lado, não adianta querermos salvar aqueles que estão nas ruas enquanto perdermos os que estão ao nosso lado.
Não podemos nos conformar com essa realidade. Devemos nos preparar para ajudar primeiramente aqueles que estão ao nosso lado e em seguida, os que estão lá fora. Para isso é fundamental que haja uma renovação do nosso entendimento (Rm 12.2). Somente abandonando velhos (pré) conceitos e mudando a nossa maneira de pensar é que seremos capazes de oferecer ajuda.
Abandonar a idéia de que todo drogado é vagabundo, e a sina de que “uma vez drogado, sempre drogado” são os primeiros passos; aliás, essa palavra “drogado” já é em si carregada de preconceito e revela a total falta de conhecimento daqueles que a utiliza. Seria muito bom, coerente e humano se substituíssemos a palavra “drogado”, por dependente químico.
Agindo assim veremos a realidade em nossa volta ser transformada. Quando deixamos de ser conformados, a inconformidade gera mudanças. Então veremos verdadeiramente uma comunidade (igreja) que tem tudo em comum (At 2.37-47). Veremos pessoas ajudando e sendo ajudadas. Veremos uma igreja atuante além das quatro paredes.
Encerro com um ensinamento Bíblico a respeito da acepção de pessoas:

Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis. Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redargüidos pela lei como transgressores.” - Tiago 2:8-9

Para mudar o mundo, comece mudando você!

Deus vos abençoe!


André Buscaratti Silva

Postagem nº 69 - São José do Rio Preto, 7 de setembro de 2012-SEX

(Artigo apresentado como Trabalho de Sociologia, Prof.ª Suely Campos - Seminário Teológico Ceforte – Polo de Ribeirão Preto-SP).



[1] Centros de Atenção Psicossocial.
[2] Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas.
[3] Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas.
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