DESCRIÇÃO

"Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê." - Romanos 1.16

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sábado, 27 de agosto de 2011

O QUE É TER COMUNHÃO COM DEUS?

O QUE É TER COMUNHÃO COM DEUS?

 Deus deve estar sempre em primeiro lugar em nossa vida (Dt 6.4-5), se ele não ocupar o primeiro lugar Ele não ocupará lugar algum. Ele deve estar acima de nossa família (Mt 10.37), de nosso trabalho, de nossos sonhos, do nosso eu, deve estar acima de todos e de tudo. Todavia, muitos confundem Deus com cultos, igrejas ou religião, porém Deus está acima de todas essas coisas também (Jo 1.3; Rm 11.36).
Existe apenas uma coisa que tornar possível a nossa comunhão com Deus e não é a nossa aparência, a nossa condição espiritual, a igreja ou a religião; não é por méritos nosso nem mesmo pela graça… Aliás, muitos colocam a graça como o maior bem de Deus aos homens, mas se esquecem que ela só nos alcançou porque primeiro Deus nos amou (Jo 3.16). Por isso, somente pelo amor é possível termos comunhão com Deus, e se amamos a Deus é porque ele nos amou primeiro (1 Jo 4.19).
É a partir daqui que passamos a ter uma melhor compreensão do que significa colocar Deus em primeiro lugar em nossa vida. Muitos acreditam que servir a Deus é ir aos cultos e participar de todas as atividades da igreja. Porém, em nenhum lugar na Bíblia encontro Jesus dizendo que é na igreja o local onde servimos e adoramos a Deus, pelo contrário, quando interrogado sobre o lugar certo de se adorar a Deus, Jesus disse: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” (Jo 4.23) – Isso significa que a adoração a Deus não está condicionada a um local (a igreja) e a um momento (o culto), mas sim, deve ser feita em espírito (em qualquer lugar) e em verdade (qualquer hora).
Já a melhor maneira de servir a Deus é servindo o próximo. O próprio Cristo disse que veio ao mundo para servir, e não ser servido (Mt 20.28), então se somos os seus seguidores e se queremos dar os mesmos passos que Jesus, devemos então entender que servir não é receber, SERVIR É DAR, e “mais bem-aventurada coisa é dar do que receber (At 20.35). O lugar onde menos servimos a Deus é na igreja, nas próprias palavras de Cristo entendemos que servir a Deus é servir ao próximo (Mt 25.31-46).  
Então, para que ir à igreja? O ‘ir à igreja’ deve ser visto como uma atitude de amor e que nos traz alegria (Sl 122.1) e não como a única forma de servimos a Deus. Ora, se irmos à igreja resulta do amor que temos por Ele, esse amor não manifesta-se no simples fato de irmos à igreja, ao menos não é o que a Bíblia diz.
Acontece que os fariseus hipócritas se dão por satisfeito pelo simples fato de irem à igreja e ali cantar, orar e dar glórias a Deus, na verdade isso é o mesmo que lavar o exterior de um copo, mas deixar o interior cheio de rapina (Mt 23.25-26). Se fosse para ser assim, cada um então teria a sua igreja e ali serviria o seu deus que atende pelo nome EGOCENTRISMO. Fariseus hipócritas!
O motivo pela qual nós cristãos vamos à igreja é sim porque amamos a Deus, todavia, é impossível amarmos a Deus sem antes amarmos o nosso irmão (1 Jo 4.20)… É por isso que Cristo resumiu todos os mandamentos em apenas dois: Amar o Senhor Deus de todo o nosso coração, e de toda a nossa alma, e de todo o nosso pensamento e amar o nosso próximo como a nós mesmos (Mt 22.34-40).

Assim entendo que a cruz de Cristo simboliza muito bem este dois mandamentos, pois a haste vertical remete o nosso relacionamento com Deus, a haste horizontal remete o nosso relacionamento com o próximo e a cruz em sua totalidade remete ao amor de Cristo derramado nos corações dos homens. O Apóstolo João entendeu muito bem isso, ao declarar que esse amor deve se manifestar não apenas através das palavras (1 Jo 3.18).
Como então expressar esse amor? O apóstolo João responde essa pergunta em sua primeira carta: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos.” (1 Jo 3.16). Aqui João está dizendo que Deus deu a sua vida por nós, e dar a vida por nós não é apenas morrer em nosso lugar, se não, principalmente viver em nosso favor. Assim também devemos dar a nossa a vida em favor de nossos irmãos, e dar a vida por nossos irmãos não implica necessariamente em morrer, mas sim em viver em favor deles.
Como posso viver em favor do meu irmão? O próprio apóstolo João nos diz: “Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.” (1 Jo 3.17-18)… Aqui estar o amor além de palavras!
É esse amor que vemos no início da igreja em Jerusalém: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.” (At 2.42-44).
E como podemos desenvolver essa comunhão? O apóstolo Paulo escrevendo aos filipenses nos dá essa informação. Resumindo, através da comunhão do Espírito Santo em nossas vidas devemos considerar os outros superiores a nós mesmos (Fp 2.1-4). A matemática é simples, se cada um considerar o seu irmão superior a si mesmo, todos estarão em pé de igualdade.
Para encerrar, quero falar do resultado dessa comunhão. Vemos hoje que a maior luta das igrejas é ganhar (salvar) almas, isto é, as igrejas se preocupam mais em ganhar almas para Jesus, do que amar e cuidar daquelas que supostamente já estão salvas. Por isso, é mais fácil encontrarmos dentro das igrejas pessoas convencidas e não convertidas.
É muito evidente a vontade de Deus revelada em sua Palavra: que nos relacionemos com Ele e com nossos irmãos em amor. Em Atos 2 vemos uma comunidade cristã unida em amor e que tinham tudo em comum, e assim “todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” (At 2.47). Como resultado dessa comunhão, vejo o derramar do amor de Deus de tal forma, que esse amor transbordava alcançando assim vidas.
Resumindo, ter comunhão com Deus é ter comunhão com meu irmão!


André Buscaratti Silva

Postagem nº 26 - São José do Rio Preto, 27 de agosto de 2011-SAB

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

SER é mais importante que ESTAR

SER é mais importante que ESTAR

Como nasci em um lar cristão, desde pequeno fui criado dentro da igreja. Mesmo tendo vivido um período da minha vida afastado da presença de Deus, jamais me afastei da igreja; então, são mais de 21 anos de experiências e estas me ensinaram muitas coisas. Já passei por várias igrejas em diferentes cidades e em cada uma dessas igrejas havia os pontos positivos e negativos.
Por me afastar de Deus mesmo estando dentro da igreja, acabei tornando-me (ao menos para mim) a maior prova de que estar na igreja não significa nada! A lição que tiro disso é que o mais importante não é simplesmente estar na igreja, mas sim ser a igreja! E é a respeito disso que quero falar aqui nesse artigo.
Uma das coisas que aprendi fora da igreja e que dificilmente eu aprenderia dentro dela é ter mente aberta para desenvolver senso crítico. Hoje tenho plena consciência de que a salvação é individual e que, portanto não dependo da igreja muito menos de um pastor ou padre para ser salvo. Busco minhas próprias experiências e baseio os meus caminhos na verdade exposta a todos os homens nas Escrituras e não nas palavras de mestres, doutores ou fariseus.
Hoje posso dizer que sou um cristão com senso críticoseguidor de Jesus e combatente do exército de Cristo em prol do Rei de Deus. Porém, quando eu olho para dentro da igreja (não a de Cristo, mas aquela formada por quatro paredes) ainda vejo em pleno século XXI religiosos alienadosseguidores de homens e defensores de denominações em prol do enchimento de suas igrejas.
Para identificar o religioso do cristão é muito simples: o religioso é aquele que cobra das pessoas a presença delas em todos os cultos, faltar no culto é pecado; fala mais de sua igreja do que de Cristo, faz questão de se mostrar espiritual (Mt 23.5-7), encontra pecado em todo mundo menos nele (Lc 6.41-42; Lc 18.11-12) e é mestre em usar trechos isolados da Bíblia para sustentar suas ideias (Mc 10.2-9dando vazão aos seus pensamentos repletos de maldade e julgamentos… Já o cristão é aquele que se preocupa com as pessoas que se fazem ausentes, entende que um culto se faz onde dois ou mais se reúne em nome de Cristo (Mt 18.20); fala mais de Jesus do que de religião, reconhece a necessidade da graça de Deus (Gl 2.20), reconhece os seu pecados e faz da Palavra um alimento para sustentar a sua fé (Sl 1.2).
Para o religioso o cristianismo se resume em uma religião, para o cristão o cristianismo se resume no serviço. Na eterna busca do Divino, o religioso acredita que a maior experiência que ele pode ter de Deus é o ‘fogo’, o falar em línguas, o profetizar; já o cristão entende que a maior experiência de Deus é a experiência de amar, pois Deus é amor (1 Jo 4.8).
Por isso, ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, ainda que eu tivesse o dom de profecia, ainda que eu fosse instrumento de Deus para manifestação do seu poder, ainda que eu desse todos os meus bens para sustento dos pobres, ainda que eu desse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor; nada seria, nada disso me aproveitaria e a minha existência seria semelhante ao som de uma lata vazia (1 Co 13).
Resumindo… O religioso é aquele que está na igreja; já o cristão é aquele que tem a consciência de que é a igreja. Quando entendemos que somos a igreja entendemos que também fazemos parte de um corpo: o Corpo de Cristo. Sendo partes integrantes de um corpo, ninguém é melhor do que ninguém e o encontro em um lugar definido é muito mais do que um culto a Deus é, sobretudo um momento em que nos encontramos para vivermos a experiência comunitária (At 2.42-47e essa experiência só é possível ser vivida através do amor! (1 Jo 3.17-18; 4.20-21).

André Buscaratti Silva


Postagem nº 25 - São José do Rio Preto, 24 de agosto de 2011-QUA

sábado, 6 de agosto de 2011

O PECADO

O PECADO

“Está escrito que Deus, ao completar a obra da criação, declarou que tudo era ‘muito bom’. Observando, mesmo ligeiramente, chegamos à convicção de que muitas coisas que agora existem não são boas – o mal, a impiedade, a opressão, a luta, a guerra, o sofrimento, e a morte. E naturalmente surge a pergunta: Como entro o mal no mundo? – uma pergunta que tem deixado perplexos muitos pensadores. A Bíblia oferece a resposta de Deus; ainda mais, nos informa o que o pecado realmente é; melhor ainda, nos apresenta o remédio para o pecado.”

TEXTO ÁUREO

“Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.” (Isaías 59.2).

VERDADE PRÁTICA

A única coisa que separa o homem de Deus é o pecado, e este em sua essência constituísse em um único ato: a autossuficiência humana em relação a Deus.



LEITURA BÍBLICA

GÊNESIS 3.1-7

1 Ora, a serpente era a mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? 2 E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, 3 mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comerei dele, nem nele tocareis, para que não morrais. 4 Então, a serpente disse à mulher: certamente não morrereis. 5 Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. 6 E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento. Tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. 7 Então, foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.

INTRODUÇÃO

A origem do pecado humano se deu no Éden mediante a tentação e queda do homem (Gn 3.6-7), desta forma o pecado adentrou ao mundo trazendo condenação e morte a todos os homens: “Pois assim como por uma só ofensa veio juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.” (Rm 5.18). Porém, o primeiro pecado ocorreu na rebelião de Satanás contra Deus: “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti.” (Ez 28.15). Em ambos os casos, veremos que o pecado constituiu-se em um único ato, desencadeando assim sucessivas práticas pecaminosas.

I. O FATO DO PECADO

O primeiro passo para entendermos o que é pecado é reconhecer que ele existe. O pecado e a crença em Deus caminham lado a lado: quem não crê em Deus, não crê também na existência do pecado; da mesma forma quem nega a existência do pecado, nega também a necessidade de Deus. O pecado existe, em sua essência constitui-se em um único ato e por isso, a ideia de negar, desculpar ou diminuir a natureza do pecado caracteriza um grande equívoco. Porém algumas teorias sustentam tais ideias.

1. O ateísmo, ao negar Deus, nega também o pecado, porque, estritamente falando, todo pecado é contra Deus; e se não a Deus, não há pecado.
2. O determinismo é a teoria que afirma ser o livre arbítrio uma ilusão e não uma realidade. Nós imaginamos que somos livres para fazer nossa escolha, porém realmente nossas opções são ditadas por impulsos internos e circunstâncias indiferentes do nosso domínio.
3. O hedonismo (da palavra grega que significa “prazer”) é a teoria que sustenta que o melhor ou o mais proveitoso que existe na vida é a aquisição do prazer e a fuga à dor; de modo que a primeira pergunta que se faz não é: “isto é correto”?, mas sim: “trará prazer?”.
4. A Ciência Cristã – esta seita (que já estudamos) nega a realidade do pecado. Declara que o pecado não é algo positivo, mas simplesmente a ausência do bem.
5. A evolução considera o pecado como a herança do animalismo primitivo do homem. Desse modo, em lugar de exortar à gente a deixar o “homem velho”, os proponentes dessa teoria deveriam admoestá-los a que deixassem o “velho macaco”.

II. A NATUREZA DO PECADO

O que é pecado? A Bíblia usa uma variedade de termos para expressar o mal de ordem moral, os quais nos explicam algo de sua natureza. Um estudo desses termos, nos originais hebraico e grego, fornecerá a definição bíblica do pecado. Além disso, em uma breve análise veremos que a palavra “pecado” aparece sempre no singular “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo seu filho, nos purificas de todo pecado.” (1 Jo 1.7); quando aparece no plural é porque está tratando no coletivo.

1. O ensino do Antigo Testamento. A palavra mais comumente usada para o pecado significa “errar o alvo”. Em Gênesis 4.7 onde a palavra é mencionada pela primeira vez, o pecado é personificado como uma fera à espreita e pronta para atacar. Outra palavra significa literalmente “tortuosidade” e é muitas vezes traduzida por “perversidade”.

2. Os ensinos do Novo Testamento. O Novo Testamento descreve o pecado como: “errando o alvo”, que expressa a mesma ideia que a conhecida palavra do Velho Testamento, “divida” (Mt 6.12), “iniquidade” (1 Jo 3.4), “desobediência” (Hb 2.2), “transgressão” (Rm 4.15), “queda” (Ap 2.5) “ofensa” (Ef 1.7), “derrota” (“sua queda” Rm 11.12), “impiedade” (Rm 1.18; 2 Tm 2.16), “erro” (“culpa” Hb 9.7).

III. A ORIGEM DO PECADO

 Para entender como o homem conheceu o pecado, é preciso entender quando o mal passou a existir no mundo espiritual. Se todo pecado é contra Deus, então o primeiro ser a pecar foi Lúcifer, em seguida o homem entrando assim o pecado e a morte no mundo.

1. Lucifer - Em Ezequiel 28.13-16 vemos que o Diabo era um anjo formoso, poderoso e perfeito em seus caminhos, até que nele se achou iniquidade: “Estavas no Éden, jardim de Deus; toda pedra preciosa era a tua cobertura: a sardônia, o topázio, o diamante, a turquesa, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo, a esmeralda e o ouro; a obra dos teus tambores e dos teus pífaros estava em ti; no dia em que foste criado, foram preparados. Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti.”. Em Isaías 14.13-15 vemos o plano de Satanás: “Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.” e em Lucas 10.18 vemos nas palavras de Jesus como esse plano acabou: “Eu via Satanás, como raio, cair do céu.”.
                     
2. O homem – O capítulo 3 de Gênesis revela como o pecado entrou no mundo e mostra os pontos chaves que caracterizam a história espiritual do homem: a tentação (vs. 1-7), a culpa (vs. 8-13), o juízo (vs. 14-19) e a redenção (vs. 14-15).


IV. AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO

1. Fraqueza espiritual
a) Desfiguração da imagem de Deus – o homem não perdeu completamente a imagem divina, porque ainda em sua posição decaída é considerado como uma criatura à imagem de Deus (Gn 9.6; Tg 3.9). b) Pecado inerente, ou “pecado original”. O efeito da queda arraigou-se tão profundamente na natureza humana que Adão, como pai da raça, transmitiu a seus descendentes a tendência ou inclinação para pecar. c) Discórdia interna – no princípio Deus fez o corpo do homem do pó, dotando-o, desse modo, de uma natureza física ou inferior; logo soprou em seu nariz o fôlego da vida, comunicando-lhe assim uma natureza mais elevada, unificando-o a Deus. Era o propósito de Deus a harmonia do ser do homem, tendo o corpo subordinado à alma; mas o pecado interrompeu a relação de tal maneira que o homem se encontrou dividido em si mesmo, em uma guerra constante entre a natureza inferior e a superior.

2. Castigo positivo
Morte física – O homem foi criado capaz de viver eternamente; isto é, não morreria se obedecesse a lei de Deus. Porém o homem pecou, caiu em tentação e rebelou-se contra Deus, sofrendo assim como consequência a certeza da morte. “No dia em que dela comeres certamente morrerás” (Gn 6.23); “O salário do pecado é a morte.” (Rm 6.23).

CONCLUSÃO

Classificar pecados não é uma atitude coerente. Se entendermos que o pecado consiste na autossuficiência humana em relação a Deus, então passaremos a entender que para Deus não existe ‘pecadinho’ e ‘pecadão’, MAS SIM PECADO. O pecado não passa a existir em um ato consumado (adultério, prostituição, mentira, fornicação, morte, etc), mas sim em um ato pensado (Mt 5.27) que revela a autossuficiência humana na busca de sua própria vontade desencadeando varias práticas (ou atos consumados) pecaminosas (Tg 1.13-15).
Então, quem classifica o pecado são os próprios homens, mais precisamente os religiosos, os ‘santos’, os ‘crentãos’. Não julgue a gravidade de uma prática pecaminosa pelas suas consequências; entenda que cada prática tem a sua consequência, porém toda prática pecaminosa é grave aos olhos de Deus, tanto o adultério como aquela pequena mentirinha.  

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 PEARLMAN, Myer. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Tradução N. Lawrence Olson. 4. ed. Rio de Janeiro: Emprevan, 1973.


André Buscaratti Silva

Postagem nº 24 - São José do Rio Preto 5 de agosto de 2011-SEX
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