Sempre que começo a refletir a respeito da GRAÇA de
Deus, um nome sempre vem à minha mente: Paulo
de Tarso. Creio que ele foi a pessoa que mais compreendeu, desfrutou e
viveu a GRAÇA de Deus. Alguns de seus ensinamentos são profundos ao ponto do apóstolo
Pedro dizer que “eram difíceis
de entender” (I Pedro 3.15-16); mas creio que tal
profundidade revela na verdade o nível de GRAÇA que Paulo alcançou.
É interessante notar, que nos dias de hoje as
pessoas se preocupam tanto em ser ou se mostrarem santas e se esquecem de que a
santidade só é alcançada por meio da GRAÇA. O que vemos hoje dentro de muitas igrejas
são os “super crentes”; estes enxergam falhas em todos e em tudo, menos em si;
são pessoas que ao confiarem em sua própria justiça se julgam santas. Essas
pessoas conscientemente ou não estão na verdade desprezando a GRAÇA de Deus.
Quando analiso a vida do apóstolo Paulo, eu não
enxergo apenas o mais ilustre homem da Bíblia (depois de Cristo), enxergo também o homem que mais compreendeu e
alcançou a GRAÇA de Deus. Os “super crentes” querem sempre bênçãos, vitórias,
conquistas, prosperidade, porém Paulo dizia: “sei
estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as
coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter
abundancia, como a padecer necessidade. Posso TODAS as coisas em Cristo que me
fortalece.” (Filipenses 4.12-13).
A graça vai muito além dá tão conhecida definição teológica:
“favor não merecido”. A graça é a
expressão máxima do amor de Deus aos homens; sendo aos homens, somente estes podem recebê-la; para
recebê-la é necessário que os homens reconheçam-se como homens e isso significa
abandonar a prerrogativa de querer ser como Deus presente desde o Éden.
Mais uma vez volto a citar Paulo, pois parece que
ele entendeu muito bem isso:
“Porque eu sei
que em mim, isto é, em minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer
está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero,
mas o mal que não quero esse faço” (Romanos 7.18-19). Se analisarmos o
contexto em que tal afirmação foi proferida, veremos o quanto Paulo reconhecia-se
HOMEM e o quanto isso contribuiu para que ele fosse participante da graça de
Deus. Hoje entendo que...
Para alcançar a graça Deus, preciso antes
reencontrar o homem que há dentro de mim.
“a GRAÇA de Deus se manifestou, trazendo
salvação a todos os HOMENS.”
(Tito 2.11)
Lembrem-se sempre disso!
Deixo uma música para reflexão...
Que Deus vos abençoe!
André
Buscaratti Silva
Postagem nº 54 - São José do Rio Preto, 22 de maio de 2012-TER
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